quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A crise já está chegando por aqui...

A tal "marolinha" anunciada pelo presidente Lula com desprezo parece estar mostrando suas verdadeiras ondulações. Infelizmente, alguns amigos meus já perderam seus empregos. Muitos são da área de comunicação, que está sofrendo com a queda no número de anúncios e campanhas publicitárias. Outros são da indústria, que destinava boa parte da produção para exportação.

O fato é que o Brasil pode até estar mais preparado, mas um país com tantas dependências comerciais jamais sairia ileso a uma crise internacional que já atingiu os cinco continentes. As consequências aqui podem até ser menos dráticas, mas com certeza elas existirão.

Por isso, é bom analisar os riscos. Se a empresa em que você trabalha atua num mercado de grandes riscos, tome bastante cuidade e esteja preparado para caso seja surpreendido com uma carta de demissão. Mantenha sempre a sua poupança para emergências e planeje bem o destino de seu dinheiro. A situação pede alerta.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Gastar ou não gastar?! Eis a questão...

Os governantes mandam o povo gastar para não perderem seus empregos. Os especialistas manda economizar para não passarem necessidade. O que fazer então?

Nem tanto ao céu e nem tanto ao mar. Vamos por partes. Obviamente que se resolvermos nos trancarmos para o consumo, a economia não irá girar e provavelmente coloquemos nossos empregos em risco.

Por outro lado, não dá para fingir que nada está acontecendo. A maré não está para peixe! Então, nessa hora, nada como o bom e velho "pé de meia" para se assegurar de que a tempestade irá passar sem deixar grandes conseqüências.

Crise sempre significa oportunidade. Quero dizer com isso que quem economizou e poupou irá agora encontrar ótimas opções de compra à vista. Como a fartura de crédito acabou, as empresas querem saber é de dinheiro no bolso, sem longos financiamentos. E, para isso, estão dispostas a oferecerem atrativos descontos. Sorte dos precavidos!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O tormento das montadoras

Ontem li uma reportagem que me deixou com os cabelos em pé. As três maiores montadoras de veículos dos Estados Unidos estão à beira da falência. Crysler, Ford e General Motors estão agonizando com a profunda crise financeira em que vive o país.

Detroit, a cidade sede das empresas, já contabiliza mais de 400 mil desempregados e 1,2 milhão de pessoas estão recorrendo a ajuda do governo federal (uma espécie de Bolsa Família do governo norte-americano).

Obviamente, um dos maiores motivos para a crise é a escassez do crédito, que impossibilita o financiamento de veículos. Mas também é preciso considerar falhas na gestão e o investimento exagerado em veículos esportivos, os eternos beberrões.

Para tentar correr atrás do prejuízo, a GM pretende lançar um carro elétrico em 2010. A grande questão é se a empresa sobreviverá até lá. E se o pior realmente acontecer, o Brasil terá grandes consequências com o desemprego de milhares de trabalhadores que atuam nessas empresas no ABC paulista.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Fusão Itaú e Unibanco

O mercado brasileiro está girando essa semana em torno da notícia inimaginável de uma fusão entre Itaú e Unibanco. Um segredo que ficou muito bem guardado por mais de 15 meses - mesmo enquanto vivíamos os piores momentos da história bancária norte-americana.

A princípio a notícia parece muito animadora. Duas grandes instituições que se unem e fortalecem o segmento bancário no Brasil. Um banco com mais de 14 bilhões de clientes, o maior do hemisfério sul. Uma posição de destaque, que coloca nosso país num patamar internacional.

No entanto, tudo tem seus prós e contras. Se, por um lado os correntistas podem ficar mais tranquilos quanto a problemas de falência da instituição bancária - colocando em risco seus investimentos, de outro, entra aquela velha regra que diz que quanto maior for a concorrência, melhor para o consumidor, que terá mais opções de escolha. Agora, o segmento bancário brasileiro ficará na mãos de poucos, mas enormes. Vale a pena o consumidor ficar de olho e zelar sempre pelos seus direitos.

Uma reportagem no UOL dá as dicas - http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/2008/11/05/ult5346u115.jhtm.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

E a turbulência continua...

A crise não é mais americana, é mundial. Os cinco continentes estão sentindo seus efeitos, uns mais, outros menos. Num cenário tão turbulento fica difícil fazer previsões. Tudo não passa de especulação, afinal, ninguém sabe exatamente onde vamos parar.

Enquanto uns defendem que a população continue comprando para não cairmos em recessão, outros zelam pela contenção de gastos a qualquer custo. Muitos têm me perguntado o que fazer nesse momento. E essa é uma resposta um tanto complexa.

Defendo a linha da educação financeira e das finanças sustentáveis. Isso não quer dizer, em hipótese alguma, que incentivo as práticas de "pão-durismo", como é popularmente conhecida. Estamos inseridos num contexto econômico onde a sociedade depende exclusivamente do consumo para garantir sua sobrevivência. E é praticamente impossível negarmos esse sistema por completo - a menos que nos mudemos para o campo e vivamos completamente isolados do mundo.

Como essa não parece ser a saída para a grande maioria das pessoas que vivem nos grandes centros urbanos, a resposta para essa crise pode ser resumida em uma única palavra: equilíbrio. Se você quer comprar algo e tem dinheiro suficiente para pagar a vista, compre. Se pensa em parcelar parte do pagamento, analise bem as taxas de juros, o prazo para pagamento (que deve ser o menor possível) e a estabilidade da sua fonte de renda.

Em suma, antes de mergulhar de cabeça numa dívida, faça-se as seguintes perguntas: Tenho garantias de emprego durante o tempo em que me comprometer com essa dívida? Qual é o nível de vulnerabilidade do meu ramo de trabalho em meio a essa crise mundial? E, por fim, traçe sempre um plano B para caso as suas previsões caiam por terra.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A festa acabou!

Lembro que nas entrevistas para o livro conversei com a sociológa Glória Pereira, que comparou a fartura de crédito no Brasil a uma festa, onde os convidados estão aptos a cometerem abusos e exageros. Mas, agora a festa simplemente acabou.

A crise norte americana veio em boa hora e serve de exemplo para que nós, brasileiros, não caiamos nos mesmos erros. O que acontece lá agora é a prova real do que pode acontecer quando o povo excede os limites do endividamento.

Que isso fique de lição para nós e para eles também.

domingo, 7 de setembro de 2008

Nota fiscal já é um bom negócio

A frustração dos consumidores que colocam seu CPF nas notas fiscais paulistas está a um passo do fim. Desestimulados pela minúscula quantia reembolsada, muitos deixaram de solicitar a nota.

Para incentivar a prática, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo irá lançar um programa de premiação a partir de outubro. A cada 100 reais acumulados com emissão da nota fiscal paulista, o consumidor receberá uma senha para concorrer a 50 mil reais em dinheiro.

Vale a pena apostar...