quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A crise já está chegando por aqui...

A tal "marolinha" anunciada pelo presidente Lula com desprezo parece estar mostrando suas verdadeiras ondulações. Infelizmente, alguns amigos meus já perderam seus empregos. Muitos são da área de comunicação, que está sofrendo com a queda no número de anúncios e campanhas publicitárias. Outros são da indústria, que destinava boa parte da produção para exportação.

O fato é que o Brasil pode até estar mais preparado, mas um país com tantas dependências comerciais jamais sairia ileso a uma crise internacional que já atingiu os cinco continentes. As consequências aqui podem até ser menos dráticas, mas com certeza elas existirão.

Por isso, é bom analisar os riscos. Se a empresa em que você trabalha atua num mercado de grandes riscos, tome bastante cuidade e esteja preparado para caso seja surpreendido com uma carta de demissão. Mantenha sempre a sua poupança para emergências e planeje bem o destino de seu dinheiro. A situação pede alerta.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Gastar ou não gastar?! Eis a questão...

Os governantes mandam o povo gastar para não perderem seus empregos. Os especialistas manda economizar para não passarem necessidade. O que fazer então?

Nem tanto ao céu e nem tanto ao mar. Vamos por partes. Obviamente que se resolvermos nos trancarmos para o consumo, a economia não irá girar e provavelmente coloquemos nossos empregos em risco.

Por outro lado, não dá para fingir que nada está acontecendo. A maré não está para peixe! Então, nessa hora, nada como o bom e velho "pé de meia" para se assegurar de que a tempestade irá passar sem deixar grandes conseqüências.

Crise sempre significa oportunidade. Quero dizer com isso que quem economizou e poupou irá agora encontrar ótimas opções de compra à vista. Como a fartura de crédito acabou, as empresas querem saber é de dinheiro no bolso, sem longos financiamentos. E, para isso, estão dispostas a oferecerem atrativos descontos. Sorte dos precavidos!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O tormento das montadoras

Ontem li uma reportagem que me deixou com os cabelos em pé. As três maiores montadoras de veículos dos Estados Unidos estão à beira da falência. Crysler, Ford e General Motors estão agonizando com a profunda crise financeira em que vive o país.

Detroit, a cidade sede das empresas, já contabiliza mais de 400 mil desempregados e 1,2 milhão de pessoas estão recorrendo a ajuda do governo federal (uma espécie de Bolsa Família do governo norte-americano).

Obviamente, um dos maiores motivos para a crise é a escassez do crédito, que impossibilita o financiamento de veículos. Mas também é preciso considerar falhas na gestão e o investimento exagerado em veículos esportivos, os eternos beberrões.

Para tentar correr atrás do prejuízo, a GM pretende lançar um carro elétrico em 2010. A grande questão é se a empresa sobreviverá até lá. E se o pior realmente acontecer, o Brasil terá grandes consequências com o desemprego de milhares de trabalhadores que atuam nessas empresas no ABC paulista.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Fusão Itaú e Unibanco

O mercado brasileiro está girando essa semana em torno da notícia inimaginável de uma fusão entre Itaú e Unibanco. Um segredo que ficou muito bem guardado por mais de 15 meses - mesmo enquanto vivíamos os piores momentos da história bancária norte-americana.

A princípio a notícia parece muito animadora. Duas grandes instituições que se unem e fortalecem o segmento bancário no Brasil. Um banco com mais de 14 bilhões de clientes, o maior do hemisfério sul. Uma posição de destaque, que coloca nosso país num patamar internacional.

No entanto, tudo tem seus prós e contras. Se, por um lado os correntistas podem ficar mais tranquilos quanto a problemas de falência da instituição bancária - colocando em risco seus investimentos, de outro, entra aquela velha regra que diz que quanto maior for a concorrência, melhor para o consumidor, que terá mais opções de escolha. Agora, o segmento bancário brasileiro ficará na mãos de poucos, mas enormes. Vale a pena o consumidor ficar de olho e zelar sempre pelos seus direitos.

Uma reportagem no UOL dá as dicas - http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/2008/11/05/ult5346u115.jhtm.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

E a turbulência continua...

A crise não é mais americana, é mundial. Os cinco continentes estão sentindo seus efeitos, uns mais, outros menos. Num cenário tão turbulento fica difícil fazer previsões. Tudo não passa de especulação, afinal, ninguém sabe exatamente onde vamos parar.

Enquanto uns defendem que a população continue comprando para não cairmos em recessão, outros zelam pela contenção de gastos a qualquer custo. Muitos têm me perguntado o que fazer nesse momento. E essa é uma resposta um tanto complexa.

Defendo a linha da educação financeira e das finanças sustentáveis. Isso não quer dizer, em hipótese alguma, que incentivo as práticas de "pão-durismo", como é popularmente conhecida. Estamos inseridos num contexto econômico onde a sociedade depende exclusivamente do consumo para garantir sua sobrevivência. E é praticamente impossível negarmos esse sistema por completo - a menos que nos mudemos para o campo e vivamos completamente isolados do mundo.

Como essa não parece ser a saída para a grande maioria das pessoas que vivem nos grandes centros urbanos, a resposta para essa crise pode ser resumida em uma única palavra: equilíbrio. Se você quer comprar algo e tem dinheiro suficiente para pagar a vista, compre. Se pensa em parcelar parte do pagamento, analise bem as taxas de juros, o prazo para pagamento (que deve ser o menor possível) e a estabilidade da sua fonte de renda.

Em suma, antes de mergulhar de cabeça numa dívida, faça-se as seguintes perguntas: Tenho garantias de emprego durante o tempo em que me comprometer com essa dívida? Qual é o nível de vulnerabilidade do meu ramo de trabalho em meio a essa crise mundial? E, por fim, traçe sempre um plano B para caso as suas previsões caiam por terra.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A festa acabou!

Lembro que nas entrevistas para o livro conversei com a sociológa Glória Pereira, que comparou a fartura de crédito no Brasil a uma festa, onde os convidados estão aptos a cometerem abusos e exageros. Mas, agora a festa simplemente acabou.

A crise norte americana veio em boa hora e serve de exemplo para que nós, brasileiros, não caiamos nos mesmos erros. O que acontece lá agora é a prova real do que pode acontecer quando o povo excede os limites do endividamento.

Que isso fique de lição para nós e para eles também.

domingo, 7 de setembro de 2008

Nota fiscal já é um bom negócio

A frustração dos consumidores que colocam seu CPF nas notas fiscais paulistas está a um passo do fim. Desestimulados pela minúscula quantia reembolsada, muitos deixaram de solicitar a nota.

Para incentivar a prática, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo irá lançar um programa de premiação a partir de outubro. A cada 100 reais acumulados com emissão da nota fiscal paulista, o consumidor receberá uma senha para concorrer a 50 mil reais em dinheiro.

Vale a pena apostar...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Você sabe quanto paga pelas tarifas bancárias?

Quase 70% dos correntistas não sabe. E praticamente a metade nem sequer considera este item na hora de escolher uma instituição financeira para abrir sua conta.


Pesquisa: Fecomércio-RJ
Ilustração: Jornal Destak 27/08/2008


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A oitava economia do mundo

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) acaba de divulgar um estudo que apresenta uma estimativa de crescimento de 150% no PIB - Produto Interno Bruto até 2030. Em 2007 foram registrados 963 bilhões de reais e, para 2030, a expectativa é que esteja na casa dos 2,4 trilhões.

Para isso o Brasil precisará crescer em média 4% ao ano. Este crescimento deverá ser respaldo pelo aumento no nível de escolaridade do brasileiro e também pelo impulso na produção de petróleo, minérios e bionergia.

A América Latina terá grande destaque no cenário econômico com crescimento acima da média mundial. As reservas energéticas e o potencial para a produção de alimentos serão os grandes responsáveis por este feito.

Se tudo correr conforme a perspectiva da pesquisa, o Brasil será a oitava economia mundial. O primeiro lugar continuaria com os EUA e o segundo seria ocupado pela potência Chinesa.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A prestação vai ficar mais cara...

Cerca de 38% dos automóveis são vendidos pelo sistema de leasing, que não recolhe o IOF - Imposto sobre Operações Financeiras - que passou de 1,5% para 3,38% em janeiro deste ano. O sistema funciona como um arrendamento mercantil, onde o comprador só tem o carro em seu nome após a última parcela paga.

Tanta atratividade impulsionou o consumo e conseqüentemente a inflação. As vendas de automóveis no Brasil não param de crescer e o governo pretende frear este consumo passando a cobrar o imposto também sobre as operações de leasing.

De acordo com o professor de matemática financeira José Dutra Vieira Sobro, o comprador que negociar um valor de 20 mil reais em leasing em 36 meses terá uma prestação mensal 2,86% mais cara. Sem o imposto, a mensalidade* ficaria em 784,66. Com o IOF subiria para 807,14.

* Cálculo inclui taxa mensal de juros de 2%.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ranking do consumo no Brasil


Pesquisa: Fecomércio-SP
Ilustração: Jornal Destak - 08/08/2008

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Driblando a inflação dos alimentos

A alta dos preços dos alimentos têm assustado todo mundo, principalmente os mais pobres que estão vendo seus salários ficarem praticamente todo no supermercado. Neste momento é importante comprar apenas o necessário e economizar sempre.

Uma dica de economia que funciona muito bem é buscar as marcas próprias das redes varejistas. Pesquisas apontam que comprando produtos com a marca do supermercado a economia pode chegar a 20%. Isso acontece porque essas marcas não investem em propaganda e marketing, gerando uma significativa redução no custo do produto.

E há bastante qualidade nesses produtos. Normalmente eles são feitos por empresas renomadas que destinam parte de sua produção para os varejistas rotularem. No entanto, às vezes as redes fazem promoções de marcas famosas devido a prazo de validade ou mesmo pelo grande volume de compra, e estas ficam ainda mais baratas que as que levam o nome do varejista. A dica é ficar sempre de olho nos preços.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Os novos investidores

Em meio a tantas oscilações na Bolsa de Valores, o otimismo típico do brasileiro ainda prevalece. Mesmo com perdas superiores a 10% em junho, a Bovespa registrou cerca de 30 mil novos investidores pessoas físicas - agora somando 500 mil no total.

Enquanto isso, os estrangeiros tiraram quase 10 bilhões de reais investidos em companhias brasileiras - a maior fuga de capital nos últimos oito anos. Em contrapartida, só este ano as pessoas físicas aplicaram mais de 7 bilhões na Bolsa. E são estas apostas de que no longo prazo os rendimentos serão atraentes que fazem com que as quedas nos índices não sejam ainda maiores.

A notícia parece muito boa para quem está acostumado a ouvir falar em endividamento praticamente todos os dias. Vale apenas ter atenção para que o otimismo não seja exacerbado e cause problemas no futuro para o investidor individual. Levar em conta os altos riscos deste tipo de investimento é o principal elemento para aplicar com segurança.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Uma boa notícia!

O mês de junho atingiu um recorde na criação de empregos formais, aqueles que possuem carteira assinada. Foram mais de 309 mil vagas. O dado é 70% superior ao mesmo período em 2007.

A grande protagonista dessa conquista é a agricultura, com 30% deste total. O setor de serviços aparece em segundo lugar, com a criação de 73 mil novas oportunidades de trabalho.

O bom desempenho do país fez com que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, revisasse a perspectiva de criação de empregos para 2008 de 1,8 milhão para 2 milhões. Que a meta seja atingida e os novos assaliriados saibam a administrar suas finanças.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A maré não está para peixe...

A inflação tem assustado mais a cada dia. O cenário é de grande apreensão no mercado financeiro e principalmente no orçamento das famílias. A sensação é de que o mês ficou mais longo e o salário encurtou.

Diante de uma situação como essa não há outra saída. O jeito é refazer todos os planejamentos de gastos, tentando diminuí-los ainda mais. O momento pede apenas o necessário, abdicando totalmente de supérfluos e bens que podem esperar um pouco mais. A regra é gastar apenas com o básico.

Esta fase também é propícia para detectarmos as chamadas "torneiras abertas". Ficar de olho nos desperídicios é a melhor maneira de se poupar da crise e atravessá-la de modo menos doloroso. E o mais importante: que as lições permaneçam quando a calmaria finalmente vier.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

80 milhões de endividados

Um dado assustador. O Sistema de Informações de Crédito do Banco Central mostra que 80 milhões de brasileiros – 42% da população – têm dívidas em bancos e outras instituições de crédito. E o pior é que o número de brasileiros com dívidas altas (acima de R$ 5 mil) cresceu 47,17% nos últimos 26 meses.

Em média, cada cliente tem três dívidas diferentes - o que significa que na maioria dos casos, além de financiar a casa e o carro, as pessoas ainda fazem outra operação de crédito, como empréstimo consignado ou pessoal, cheque especial ou parcelamento do cartão de crédito.

O volume de financiamento de automóveis cresceu 24,1% entre fevereiro de 2007 e fevereiro deste ano. No mesmo período, o volume de crédito para a compra da casa própria aumentou 25%. O maior crescimento, 31,9%, ocorreu no crédito consignado, que aparece em primeiro lugar no ranking dos empréstimos.

sábado, 28 de junho de 2008

A nobreza das refeições

Estamos todos aterrorizados com a inflação dos alimentos. E o pior é que os itens mais afetados são justamente os mais básicos, como o pão, arroz e o feijão.

Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostra que as refeições fora de casa tiveram um aumento de 6,43% esse ano. Só o feijão teve alta de 20% até maio, seguido pelo pão francês que ficou 10,38% mais caro.

O governo descartou a possibilidade de congelar preços e anunciou que vai injetar 78 bilhões de reais na agropecuária para alavancar a safra 2008/2009 - cerca 9 bilhões a mais que na safra anterior. O novo plano deve permitir um aumento de até 6% na produção de grãos.

Tomara que isso signifique queda nos preços que hoje assolam os salários mais espremidos.

terça-feira, 17 de junho de 2008

O boom imobiliário

A explosão no mercado imobiliário é notória. Antigos terrenos estão se transformando em condomínios enormes e muitos até luxuosos. O efeito é conseqüência do aumento na renda, estabilidade econômica e facilidade na liberação de crédito.

Só em 2008 os bancos já liberaram quase 10 bilhões de reais para financiamentos imobiliários. Com taxas de juros que variam de 8 a 12%, os planos oferecem condições de até 30 anos para pagar.

Mas, o que parece a realização de um sonho antigo pode se transformar num pesadelo futuro. Ninguém está muito preocupado em saber quanto realmente vão pagar pelo novo lar, e sim se o valor da prestação cabe no orçamento da família.

Vale a pena pensar bem antes de adquirir uma dívida tão longa.

domingo, 8 de junho de 2008

A organização do orçamento

Tenho dado muitas entrevistas e a questão mais recorrente é: "Como devo organizar minhas finanças pessoais?". Minha resposta é simples e direta: com objetividade.

Muitas pessoas ficam baixando planilhas mirabolantes da internet e mal descobrem como usá-las. Por isso, defendo que a melhor planilha é aquela que você mesmo cria e entende.

E, ao contrário do que parece, esse não é um desafio complicado. A pessoa só precisa ter em mente duas coisas: quanto eu ganho e quanto eu gasto. Simples assim. A planilha deve ter basicamente duas colunas, a de entrada e a de saída.

Não é necessário nem que isso seja feito em computador. Um caderno velho pode muito bem dar conta desse recado.

A única coisa que se precisa estar atento é para não boicotar a própria planilha. Números são exatos e não dá para dar aquele famoso "jeitinho" brasileiro. Se gastar um real, ele tem que constar na planilha. Caso contrário, ela não terá sua função devidamente exercida.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Descontos para compras à vista

Há muito tempo vem acontecendo uma injustiça das grandes. Ambiciosos por receber juros, inúmeros comerciantes deixaram de oferecer descontos para compras à vista. Desta forma, o consumidor é obrigado a pagar pelos juros que foram automaticamente embutidos no valor da mercadoria independentemente da forma de pagamento.

Mas agora a Comissão de Defesa do Consumidor criou um projeto de lei que obriga os comerciantes a darem descontos para as compras à vista. Para virar lei, basta que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprove a proposta.

O projeto também contempla descontos para os consumidores que desejarem adiantar parcelas de compras financiadas. Mais do que nunca valerá a pena se educar financeiramente.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Entrevista ao Jornal Hoje

Amanhã, dia 20 de maio, darei uma entrevista ao Jornal Hoje, TV Globo, sobre finanças pessoais.

Assista e comente aqui.

sábado, 17 de maio de 2008

A novela dos impostos

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) acaba de realizar um levantamento inédito sobre os impostos no Brasil. Os resultados da pesquisa mostram que de cada 3 reais pagos, apenas 1 é investido em áreas que beneficiam a população.

E mais: de 2000 a 2005 a carga tributária aumentou de 30,4% para 33,4% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas geradas no país). E o governo já estuda um novo imposto que substitua a extinta CPMF para investir na saúde.

A grande questão é: onde vai parar o nosso dinheiro?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Economia informal

Fui convidada para dar uma entrevista a alunos do último ano de jornalismo da Unip. Os três estão criando uma revista de economia informal, voltada a trabalhadores que não possuem carteira assinada. Achei o projeto muito interessante e resolvi compartilhar a experiência com vocês.

Eles estão pesquisando todo o universo das pessoas que lidam com a informalidade no mercado de trabalho. A insegurança é a palavra-chave. A maioria não se sente seguro trabalhando desta forma e muitos sonham com a cobiçada estabilidade de um emprego fixo.

Enquanto isso não é possível, os três jovens buscam opções para que estes trabalhadores diminuam seus medos e aprendam a conviver com uma renda tão instável. Entre as maiores dicas estão a previdência privada e até mesmo os seguros de vida, que podem ser encontrados por valores de até 40 reais por ano.

Como sempre, a arma para todos os problemas é a informação. Com conhecimento é possível transformar a economia doméstica em algo mais planejado e tranquilo. O futuro só depende das nossas atitudes no presente.

Parabéns pela iniciativa e sucesso!

domingo, 27 de abril de 2008

Senac e Bovespa juntos pela educação financeira

O Senac acaba de anunciar apoio à Bovespa no Projeto Educar, que visa a educação financeira de jovens e adultos.

Criado para difundir conceitos de educação financeira por meio de cursos e palestras gratuitas, o programa aborda planejamento de finanças pessoais, hábitos de poupança e tipos de investimento para seis diferentes públicos e faixas etárias.

Com linguagem simples e didática, as apresentações ensinam como lidar com pequenos gastos, controlar a mesada e o orçamento familiar. Os participantes contam ainda com material de apoio gratuito.

Mais informações no telefone 0800 883 2000 ou na campus Senac mais próximo de você.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O pão nosso de cada dia

A necessidade número 1 do ser humano está ficando cada vez mais cara. As famílias precisam fazer malabarismos para colocar na mesa os alimentos mais básicos, como o feijão, por exemplo. Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, o produto subiu 159% em apenas 12 meses.

O estudo analisou o impacto da inflação para os brasileiros que ganham de um a dois salários mínimos e meio, o correspondente a R$ 1.037. O resultado: estamos comendo menos e pior!

Os produtos mais afetados são os mais importantes e essenciais à subsistência da família, como os derivados do trigo, carne, soja e ovos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Jovens investidores

A geração do consumo parece estar tomando consciência da importância do planejamento financeiro. Embora em sua maioria os jovens ganhem pouco, as tentações são inúmeras e muitas vezes fica difícil resistir. Tanto que a maior parcela de inadimplentes (40%) é de pessoas entre 20 e 30 anos de idade.

Mas a Bovespa tem dados que vão contra todas as expectativas negativas em relação à juventude. De acordo com a instituição, em julho do ano passado, a maior concentração de investidores estava na faixa etária entre 21 e 30 anos, que somavam na época, 66.234.

Além disso, também houve um crescimento considerável na faixa entre 11 e 20 anos, que passou de 18.359 para 54.159, de janeiro de 2005 a julho de 2007.

São os jovens se preparando para o amanhã.

terça-feira, 1 de abril de 2008

A gente não quer só comida...

Apesar da crise externa, o brasileiro só tem pensado em consumir. Enquanto os maus ventos não chegam por aqui, as classes A e B (renda média acima de R$ 2.217) têm entre os maiores desejos de consumo viagens e móveis.

A pesquisa Observador Brasil 2008, realizada pelo Instituto Ipsos, mapeou as aspirações:

2006 2007
Lazer/ Viagem
46% 60%
Móveis 40% 50%
Eletrodomésticos 41% 49%
Decoração 26% 34%
Carro 28% 30%
Computador 24% 29%
TV, Hi-Fi, Vídeo 24% 26%
Celular 21% 25%

Com o dólar em queda, muitos querem aproveitar a oportunidade de viajar. E, com o boom imobiliário, é natural que a procura por bens relacionados à moradia também aumente.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Aumento da classe C

Isso não é nenhuma novidade. Há muito tempo temos observado o aumento do poder aquisitivo
do brasileiro. Uma pesquisa divulgada essa semana, feita pela financeira Cetelem em parceria com o instituto Ipsos, comprovou que essa já é a maior classe social no Brasil. São 46% da população, o que presenta 86 milhões de pessoas. Em 2006 eram 66 milhões.

Com isso, cresce o nível de exigência na hora do consumo. Com mais dinheiro no bolso, o consumidor tende a ser mais rigoroso com a qualidade dos produtos e serviços. Isso é ótimo porque as empresas acabam sendo obrigadas a investir mais no seu negócio, aumentando também o número de empregos.

Fonte: Jornal Destak - 27/03/08.

terça-feira, 25 de março de 2008

De porta em porta...

Acabo de assistir a uma reportagem no Jornal Hoje (Rede Globo) sobre o crescimento das vendas de porta em porta. Se você está pensando em peixe ou Yakult está enganado. Hoje são vendidos colchões, tapetes e tudo o que o cliente imaginar.

A pesquisadora Luciana Aguiar analisou o comportamento das classes C, D e E e o observou um aumento no consumo de produtos antes acessíveis apenas para os consumidores de renda mais alta.

No entanto, adaptar os produtos para vendê-los por um custo menor não é suficiente. O negócio é chegar mais perto desse público e, a maneira encontrada, foi o bom e velho porta a porta. Além da comodidade, os consumidores são fisgados pela facilidade de financiamento. O pagamento a perder de vista é um atrativo e tanto.

Bom para quem compra. Melhor para quem vende. Os vendedores juram ter retorno garantido.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Pirataria é crime. Mas a maioria comete...

Mais de 60% dos paulistanos compram produtos piratas. Esse é o resultado da pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

Os produtos mais comercializados são os CDs de jogos, músicas e softwares, que correspondem a 61,5% das compras. Na seqüência aparecem os aparelhos eletrônicos (13%), aparelhos de som e imagem (7,7%) e DVDs (7,1%). Cerca de 84% dos consumidores afirmam que o preço baixo é o maior atrativo para a compra.

Porém, se mudamos a ótica do assunto nos deparamos com sérios problemas. A pirataria alimenta o crime organizado e rouba cerca de 2 milhões de empregos formais no Brasil que poderiam ser meu, seu, de algum amigo ou parente.

O prejuízo causado pelas falsificações chega à casa dos 30 bilhões de reais por ano aos cofres públicos. E o dado mais preocupante: os jovens de 15 a 24 anos representam 75% destes consumidores. Uma prova de que, se nada for feito, o comércio ilegal terá vida longa garantida.

terça-feira, 11 de março de 2008

Quanto custa um filho?

Quando existe a intenção de colocar um herdeiro no mundo o orçamento da família precisa ser revisto. Isso porque além de muitas alegrias, um filho trás também inúmeras despesas.

Começa com o enxoval, logo vêm o convênio médico, roupas, colégios, brinquedos e por aí vai. Uma pesquisa divulgada essa semana mostra quanto os pais gastam para criar os filhos do nascimento aos 23 anos de idade.

Os entrevistados foram dividos em 4 grupos: o grupo "1" ganhava menos de R$ 1 mil por mês. O grupo "2", teria renda mensal de R$ 2 mil até R$ 5 mil. O grupo "3" , um orçamento a partir de R$ 6 mil. E o grupo "4" contaria com mais de R$ 25 mil por mês.

O resultado: grupo "1" foram gastos R$ 68,1 mil. No grupo "2" total de R$ 407.140. No grupo "3" a média foi de R$ 883,3 mil. E no grupo mais rico, R$ 1.609.000!!!

Não quero fazer com que as pessoas deixem de ter filhos. Apenas que se programem para isso.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Além do dinheiro...

Ter sucesso, conseguir dinheiro e consumir tudo o que se quer, sem dor na consciência ou dificuldades financeiras. O que parece o sonho de muitos é, na verdade, um grande pesadelo.

Cada vez mais a mídia desperta a atenção para as questões ecológicas. O aquecimento global, o derretimento das geleiras, as tempestades, as secas; fenômenos que estão cada vez mais próximos da nossa realidade.

Mas o que dinheiro tem a ver com isso? Tudo. Gastamos dinheiro para consumir e, quando consumimos, geramos impactos na natureza. Usamos recursos naturais, muitas vezes não-renováveis.

A solução seria então racionalizar o consumo; consumir de forma inteligente. O conceito de consumo sustentável, cada dia mais freqüente nos vocabulários, quer dizer que devemos usar a natureza para satisfazer as nossas necessidades, porém sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras. E essa é a nossa dura missão. Só depende de nós!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Empreender é um bom negócio?

Muitas pessoas quando estão próximas a se aposentar pensam em abrir um negócio. A opção parece excelente para garantir o padrão de vida e ainda deixar o empreendimento como herança para os filhos.

E o brasileiro é mesmo um empreendedor nato. Todo ano são abertas cerca de 130 mil novas empresas. O problema é que 56% delas fecham antes mesmo de completar cinco anos de existência e 29% não chegam nem ao primeiro aniversário.

Impostos altos, pouco incentivo do governo, enfim, são muitas as causas para a falência. No entanto, o maior problema está mesmo na figura do empreendedor. Segundo o Sebrae, cerca de 22% dos empresários se aventuram num ramo que não tinham conhecimento algum.

A maior arma contra esse problema é a informação. Por isso, é importante que o futuro empresário conheça bem o seu ramo e que também entenda razoavelmente de processos administrativos e burocráticos. O próprio Sebrae oferece esse tipo de ajuda. Vale a pena procurá-los.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Pensando no amanhã

O carnaval acabou e finalmente temos a sensação de que o ano começou de verdade. E agora é para valer. Nada de desculpas esfarrapadas para adiar planos.

Por falar em início, que tal começar 2008 planejando um futuro mais tranquilo?! E quanto mais cedo você se preocupar com isso, melhor.

Atualmente ninguém quer se arriscar em ficar apenas com a aposentadoria do INSS. Com o envelhecimento da população e o grande número de trabalhadores informais, que não contribuem efetivamente, esse é um órgão que tende à falência.

Como opção, existem inúmeros planos de previdência privada com desconto automático em conta bancária. É como se você estivesse pagando uma dívida para o seu próprio futuro. E quanto mais jovem se começa esse tipo de investimento maior será o valor acumulado para o desfrute de uma boa velhice.

Costumo usar bastante uma calculadora disponível no link http://www.clubedopairico.com.br/temp/simulador%20de%20rendimentos/index.php. Lá você coloca quanto quer investir mensalmente e a taxa de rendimento média (em geral 1%) pelo número de anos que deseja. Com apenas um click você consegue visualizar quanto foi guardado, quanto renderam os juros e ainda qual é o valor acumulado.

Os bancos também costumam fazer esses cálculos na hora de vender os planos de previdência privada. O melhor a fazer é pesquisar as instituições e ver qual oferece as melhores taxas de rendimento. Depois é só seguir as aplicações à risca e planejar uma terceira idade mais saudável financeiramente.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

De férias...

Sinceramente, já estou cansada do maresmo de janeiro... É incrível como nada acontece nesse país antes do carnaval. Tudo é deixado de lado até que a maior festa do Brasil se encerre e o ano finalmente comece.


Então, como não dá para lutar contra culturas enraizadas, resolvi me juntar a elas. Isso mesmo, estou saindo de férias. Por isso, durante as próximas duas semanas não irei postar. Estarei isolada no interior de Minas Gerais curtindo a família e amigos.

Espero voltar com as energias recarregadas e com carga total para colocar em prática todos os meus projetos para 2008.

Até lá!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Rumo as crianças...

Desde o meu primeiro encontro com o Marino, editor do meu livro, falamos sobre desenvolver um projeto de educação financeira para crianças. Se analisarmos com cuidado veremos que o nosso comportamento financeiro tem muitos traços e lembranças da nossa infância.

E é realmente nessa fase que aprendemos a ser devedores ou investidores. A influência dos nossos pais é enorme. Mas, como não existe uma política de educação financeira no nosso país, são poucos os que aprendem a lidar com o dinheiro corretamente.

Por isso, pensei em algo que pudesse ajudar as crianças, e também seus pais, a criarem um futuro financeiro mais saudável e feliz. Aproveitei os dias pacatos de fim e começo de ano para colocar a idéia no papel. Enviei as primeiras páginas de um rascunho para ele e, felizmente, segundo ele, estamos no caminho certo.

Se Deus quiser, em breve vocês terão mais um lançamento para comparecer...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A hora do aperto...

Finalmente o ano começou. Acabaram as correrias para a ceia, viagens e presentes. Ficaram apenas as consequências dos excessos somadas a IPVA, IPTU, aumento das mensalidades escolares e por aí vai...

Janeiro é mesmo o mês do aperto. A gente se empolga com o 13º e esquece que o começo do ano causa um verdadeiro vendaval no nosso orçamento...

O jeito é esfriar a cabeça e organizar tudo na ponta do lápis. Procure sempre as melhores condições de pagamento, evitando os juros. E a maior lição de todas: prepare-se com antecedência para seus gastos extras. O ano de 2008 acaba de começar e esse clima de renovação é muito propício para a mudança de hábitos.

Imagine que se você economizar apenas algumas cervejas no mês e poupar, por exemplo, 50 reais, ao final de um ano, você terá juntado 600 reais. Se somarmos uma média de 7% de rendimentos da poupança, já seriam 642. Dinheiro suficiente para aliviar o mês de janeiro, não é? Pense nisso e comece agora mesmo a transformar sua vida financeira.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Na vitrine!

O ano de 2008 começou mesmo com tudo! Não sei se as simpatias realmente funcionam mas, de qualquer forma, me garanti com um amarelo bem reluzente...

E parece que as coisas estão funcionando. Acabo de ficar sabendo que uma amiga, durante uma viagem de férias, viu o meu livro numa parte privilegiada da vitrine de uma livraria em Goiânia. Isso mesmo, já invadimos também a região centro-oeste do país. O fato é que só ganha este cobiçado lugar os livros que estão sendo bem procurados.

Para aumentar minha felicidade, já conquistamos o primeiro lugar dos livros mais vendidos da editora Artemeios no site da livraria Saraiva.

Agora, precisamos investir na divulgação para começar a colher os frutos...