terça-feira, 25 de novembro de 2008

O tormento das montadoras

Ontem li uma reportagem que me deixou com os cabelos em pé. As três maiores montadoras de veículos dos Estados Unidos estão à beira da falência. Crysler, Ford e General Motors estão agonizando com a profunda crise financeira em que vive o país.

Detroit, a cidade sede das empresas, já contabiliza mais de 400 mil desempregados e 1,2 milhão de pessoas estão recorrendo a ajuda do governo federal (uma espécie de Bolsa Família do governo norte-americano).

Obviamente, um dos maiores motivos para a crise é a escassez do crédito, que impossibilita o financiamento de veículos. Mas também é preciso considerar falhas na gestão e o investimento exagerado em veículos esportivos, os eternos beberrões.

Para tentar correr atrás do prejuízo, a GM pretende lançar um carro elétrico em 2010. A grande questão é se a empresa sobreviverá até lá. E se o pior realmente acontecer, o Brasil terá grandes consequências com o desemprego de milhares de trabalhadores que atuam nessas empresas no ABC paulista.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Fusão Itaú e Unibanco

O mercado brasileiro está girando essa semana em torno da notícia inimaginável de uma fusão entre Itaú e Unibanco. Um segredo que ficou muito bem guardado por mais de 15 meses - mesmo enquanto vivíamos os piores momentos da história bancária norte-americana.

A princípio a notícia parece muito animadora. Duas grandes instituições que se unem e fortalecem o segmento bancário no Brasil. Um banco com mais de 14 bilhões de clientes, o maior do hemisfério sul. Uma posição de destaque, que coloca nosso país num patamar internacional.

No entanto, tudo tem seus prós e contras. Se, por um lado os correntistas podem ficar mais tranquilos quanto a problemas de falência da instituição bancária - colocando em risco seus investimentos, de outro, entra aquela velha regra que diz que quanto maior for a concorrência, melhor para o consumidor, que terá mais opções de escolha. Agora, o segmento bancário brasileiro ficará na mãos de poucos, mas enormes. Vale a pena o consumidor ficar de olho e zelar sempre pelos seus direitos.

Uma reportagem no UOL dá as dicas - http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/2008/11/05/ult5346u115.jhtm.