quarta-feira, 29 de outubro de 2008

E a turbulência continua...

A crise não é mais americana, é mundial. Os cinco continentes estão sentindo seus efeitos, uns mais, outros menos. Num cenário tão turbulento fica difícil fazer previsões. Tudo não passa de especulação, afinal, ninguém sabe exatamente onde vamos parar.

Enquanto uns defendem que a população continue comprando para não cairmos em recessão, outros zelam pela contenção de gastos a qualquer custo. Muitos têm me perguntado o que fazer nesse momento. E essa é uma resposta um tanto complexa.

Defendo a linha da educação financeira e das finanças sustentáveis. Isso não quer dizer, em hipótese alguma, que incentivo as práticas de "pão-durismo", como é popularmente conhecida. Estamos inseridos num contexto econômico onde a sociedade depende exclusivamente do consumo para garantir sua sobrevivência. E é praticamente impossível negarmos esse sistema por completo - a menos que nos mudemos para o campo e vivamos completamente isolados do mundo.

Como essa não parece ser a saída para a grande maioria das pessoas que vivem nos grandes centros urbanos, a resposta para essa crise pode ser resumida em uma única palavra: equilíbrio. Se você quer comprar algo e tem dinheiro suficiente para pagar a vista, compre. Se pensa em parcelar parte do pagamento, analise bem as taxas de juros, o prazo para pagamento (que deve ser o menor possível) e a estabilidade da sua fonte de renda.

Em suma, antes de mergulhar de cabeça numa dívida, faça-se as seguintes perguntas: Tenho garantias de emprego durante o tempo em que me comprometer com essa dívida? Qual é o nível de vulnerabilidade do meu ramo de trabalho em meio a essa crise mundial? E, por fim, traçe sempre um plano B para caso as suas previsões caiam por terra.

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